Santa Leocádia, um dos lugares das Honras (conjuntamente com Soutelos, Paredinha e Botica), freguesia de Ruivães, concelho de Vieira do Minho, distrito de Braga, da região do Minho, Portugal.
Um dos lugares que compõem a freguesia de Ruivães que está reclinada numa vertente da serra da Cabreira, fica situada na margem esquerda do rio Rabagão. A antiga freguesia era reitoria da apresentação do reitor de Santa Maria de Veade.
Chamou-se antigamente Vilar de Vacas e vem mencionada pela primeira vez em documentos de 1426. Pertenceu à Casa de Bragança e à província de Trás-os-Montes. Era uma das “sete honras de Barroso” Foi vila e sede de concelho, extinto em 31 de Dezembro de 1853. Em 1836 pertencia à comarca de Chaves e em 1842, como julgado, reunia as freguesias de Cabril, Campos, Covelo do Gerês, Ferral, Pondres, Reigoso, Ruivães, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Com a extinção do concelho em 1853 as freguesias passaram para o concelho de Montalegre, com excepção das de Ruivães e Campos que transitaram para o de Vieira do Minho.
Possuia forca no lugar da Tojeira, da qual já não resta qualquer testemunho ou vestígio. Em 1695 existia já o morgado de Ruivães, de que foi seu instituidor Gervásio da Pena Miranda. Deste descende toda uma linha de ilustres capitães-mores, senhores da Casa de Dentro.
No centro da vila levanta-se um pelourinho que remonta, possivelmente, ao século XVI, classificado como imóvel de interesse público em 1933. É constituído por uma coluna cilíndrica de granito com base quadrada, erguendo-se sobre três degraus de altura desigual e é encimado por um capitel. O ábaco quadrado suporta um paralelepípedo maciço onde estão gravadas letras e desenhos. Entre o ábaco e a pirâmide estão espetados uns ganchos de ferro recurvados, que, segundo a tradição, serviam para pendurar as cabeças dos condenados à pena capital.
Além das invasões francesas, Ruivães foi palco de acesas lutas entre liberais e miguelistas. Numa das suas casas estiveram aquartelados Paiva Couceiro e suas tropas. Do último capitão-mor de Ruivães, miguelista convicto, conta-se que terá sido assassinado por ordens dos liberais vitoriosos em 8 de Junho de 1832, quando seguia de sua casa — Casa de Dentro — para o Gerês, a tomar águas.
A ponte de Mizarela fica a cerca de 1 km da confluência do Rabagão e do Cávado, próximo da povoação de Frades, e era a única ligação que permitia passar para a outra margem, pertencente ao concelho de Montalegre. Segundo a lenda, esta ponte foi construída pelo Diabo.
“Havia um mau homem em terras de Além Douro, a quem a justiça, encarniçadamente perseguia, por vários crimes e que sempre escapava, como conhecedor que era dos esconderijos proporcionados pela natureza. Apertado, porém, muito de perto, embrenhou-se um dia no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa. Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. “Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma”, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente. O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido, mas pouco depois sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte. Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo. A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido, um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos. O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.”
Ruivães engloba os lugares de Espindo, Frades, Honras, Quintã, Ruivães,Vale e Zebral.
População: 1094
Actividades económicas: Agricultura, construção civil e pequeno comércio
Festas e Romarias: S. Sebastião e Santa Bárbara (3.º domingo de Agosto), Senhora dos Remédios (8 de Setembro), S. Pedro (29 de Junho), Santa Isabel (1º domingo de Julho), Senhora da Saúde (2.º domingo de Julho), Senhora do Amparo e Santa Bárbara (último domingo de Julho)
Património: Pelourinho, igreja paroquial, Ponte da Mizarela, Ponte de Saltadouro, Capela de Santa Teresa de Jesus e S. Cristóvão, Capela de Santa Isabel, Capela da Senhora do Amparo, Capela da Senhora dos Remédios e Casa do Capitão-Mor
Outros Locais: Alto de S. Cristóvão (antigo cemitério)
Gastronomia: Cabrito, vitela, cozido e "pica-no-chão"
Artesanato: Alfaias agrícolas, ferraria, tecelagem, rendas e bordados
Colectividades: Grupo Desp. e Cultural de Ruivães, Grupo Folclórico de Ruivães, Juventude de S. Martinho de Ruivães, Bombeiros Voluntários e Grupo Coral
Orago: S. Martinho
Junta de Freguesia
Presidente: João Ferreira de Sousa
Secretário: José João Costa Fraga
Tesoureiro: Humberto José Alves Ribeiro
Endereço: Vila de Ruivães, Escola Antiga
4850-341 RUIVÃES VRM
Telefone: 253 658 544
Chamou-se antigamente Vilar de Vacas e vem mencionada pela primeira vez em documentos de 1426. Pertenceu à Casa de Bragança e à província de Trás-os-Montes. Era uma das “sete honras de Barroso” Foi vila e sede de concelho, extinto em 31 de Dezembro de 1853. Em 1836 pertencia à comarca de Chaves e em 1842, como julgado, reunia as freguesias de Cabril, Campos, Covelo do Gerês, Ferral, Pondres, Reigoso, Ruivães, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Com a extinção do concelho em 1853 as freguesias passaram para o concelho de Montalegre, com excepção das de Ruivães e Campos que transitaram para o de Vieira do Minho.
Possuia forca no lugar da Tojeira, da qual já não resta qualquer testemunho ou vestígio. Em 1695 existia já o morgado de Ruivães, de que foi seu instituidor Gervásio da Pena Miranda. Deste descende toda uma linha de ilustres capitães-mores, senhores da Casa de Dentro.
No centro da vila levanta-se um pelourinho que remonta, possivelmente, ao século XVI, classificado como imóvel de interesse público em 1933. É constituído por uma coluna cilíndrica de granito com base quadrada, erguendo-se sobre três degraus de altura desigual e é encimado por um capitel. O ábaco quadrado suporta um paralelepípedo maciço onde estão gravadas letras e desenhos. Entre o ábaco e a pirâmide estão espetados uns ganchos de ferro recurvados, que, segundo a tradição, serviam para pendurar as cabeças dos condenados à pena capital.
Além das invasões francesas, Ruivães foi palco de acesas lutas entre liberais e miguelistas. Numa das suas casas estiveram aquartelados Paiva Couceiro e suas tropas. Do último capitão-mor de Ruivães, miguelista convicto, conta-se que terá sido assassinado por ordens dos liberais vitoriosos em 8 de Junho de 1832, quando seguia de sua casa — Casa de Dentro — para o Gerês, a tomar águas.
A ponte de Mizarela fica a cerca de 1 km da confluência do Rabagão e do Cávado, próximo da povoação de Frades, e era a única ligação que permitia passar para a outra margem, pertencente ao concelho de Montalegre. Segundo a lenda, esta ponte foi construída pelo Diabo.
“Havia um mau homem em terras de Além Douro, a quem a justiça, encarniçadamente perseguia, por vários crimes e que sempre escapava, como conhecedor que era dos esconderijos proporcionados pela natureza. Apertado, porém, muito de perto, embrenhou-se um dia no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa. Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. “Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma”, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente. O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido, mas pouco depois sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte. Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo. A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido, um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos. O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.”
Ruivães engloba os lugares de Espindo, Frades, Honras, Quintã, Ruivães,Vale e Zebral.
População: 1094
Actividades económicas: Agricultura, construção civil e pequeno comércio
Festas e Romarias: S. Sebastião e Santa Bárbara (3.º domingo de Agosto), Senhora dos Remédios (8 de Setembro), S. Pedro (29 de Junho), Santa Isabel (1º domingo de Julho), Senhora da Saúde (2.º domingo de Julho), Senhora do Amparo e Santa Bárbara (último domingo de Julho)
Património: Pelourinho, igreja paroquial, Ponte da Mizarela, Ponte de Saltadouro, Capela de Santa Teresa de Jesus e S. Cristóvão, Capela de Santa Isabel, Capela da Senhora do Amparo, Capela da Senhora dos Remédios e Casa do Capitão-Mor
Outros Locais: Alto de S. Cristóvão (antigo cemitério)
Gastronomia: Cabrito, vitela, cozido e "pica-no-chão"
Artesanato: Alfaias agrícolas, ferraria, tecelagem, rendas e bordados
Colectividades: Grupo Desp. e Cultural de Ruivães, Grupo Folclórico de Ruivães, Juventude de S. Martinho de Ruivães, Bombeiros Voluntários e Grupo Coral
Orago: S. Martinho
Junta de Freguesia
Presidente: João Ferreira de Sousa
Secretário: José João Costa Fraga
Tesoureiro: Humberto José Alves Ribeiro
Endereço: Vila de Ruivães, Escola Antiga
4850-341 RUIVÃES VRM
Telefone: 253 658 544
Armas - Escudo de verde, mitra episcopal de prata guarnecida de ouro e duas espigas de milho de ouro folhadas de prata, tudo em roquete; em campanha, ponte antiga de um arco de negro, realçada de prata, movente dos flancos e nascente de um pé ondado de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda em maiúsculas a negro : “ RUIVÃES – VIEIRA DO MINHO “.